quarta-feira, 23 de julho de 2014

O criador e a criatura

Meu primeiro contato com a "marca" veio cedo. Tinha uns três anos, por aí. Lembro também que gostei do preto, das guampas e principalmente da capa. Ah, os super-heróis e suas capas...

Lembro também que a primeira vez que vi ele desfilar o traje negro e tremular aquela capa pela cidade obscura chamada de Gotham, foi numa das Telas-Quentes da vida. Numa segunda de 1993 passou "Batman", do monstro Tim Burton. Houve êxtase e amor na minha casa.

Passados dois anos meu pai me levou pra ir no cinema. Não, não foi apenas uma ida ao cinema. Foi minha primeira ida ao cinema, localizado na saudosa Praça da Alfândega. O nome era Cine Guarany. Eu já tava mais grandinho, o filme era a bomba "Batman Forever", porém a emoção foi uma das mais indescritíveis da minha vida. A primeira película tem o seu valor. 

Daí em diante tinha de brinquedos (bonecos e bat-móveis) a máscaras e capa. Idolatrava o herói órfão que saía de casa e combatia o crime sem ninguém saber sua real identidade. Achava fantástico o mesmo não possuir poderes sobrenaturais. 

Veio mais bombas, veio mais séries, veio mais gibis, veio mais idolatria. Uma nova era, a de Christopher Nolan, surgiu e levantou o Homem-Morcego, humilhado na sétima arte por um tal de Joel Schumacher. Veio uma trilogia sólida e que levou multidões às salas escuras de todo o mundo. 

E meu sentimento? Minha idolatria pelo "super-herói" (em aspas porque não tem poderes) predileto ia aumentando. Eu, reles criatura, sempre fiquei de joelhos para o criador, por mais pífias participações nos cinemas que ele aparecesse. 

Hoje, segundo a DC Comics, se fala em "Batman Day", mas lembro que num dos meus primeiros contatos eu achava que o justiceiro se escondia atrás da tela do cinema e que um cidadão chamado Michael Keaton fosse realmente o "cara".

Vida eterna ao nosso Batman de todo dia e a ti, Bob Kane, homem responsável por uma das maiores marcas do mundo.

Foto entre Michael Keaton (ator) e Bob Keane (criador), nas filmagens de "Batman" (1989).

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