quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O dinossauro que nunca morrerá


Perguntado a Johnny Depp se ele se interessaria em fazer o papel de um pirata bêbado, sarcástico e um tanto quanto louco ao andar, o eterno “Edward” disse sem pestanejar que “sim”, e que já tinha em mente em quem se “inspiraria”. Passada duas franquias de “Piratas do Caribe”, o astro de Hollywood teve uma ideia que soou bem para o diretor Gore Verbinski, que já planejava a terceira franquia, isso quando a recém filmava “A Maldição do Pérola Negra”, primeiro filme da saga. A ideia (exigência) de Johnny era a seguinte: que Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones e um dos maiores astros da história do rock n’ roll de todos os tempos, fizesse o papel do pai de Jack Sparrow em “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”. Seria juntar o “útil ao agradável”, revelou o ator, já que ele sempre “sonhou” (e estava realizando esse sonho) em interpretar um grande astro de rock nas telonas. O diretor aceitou e o resto já sabemos.

A tamanha importância deste senhor que neste 18 de dezembro completa 70 anos de sobrevivência (falo isso porque, bem...) tem para o nicho musical é tamanha e irremediável para alguns. Keith Richards é apontado por muitos como o maior guitarrista “humano” de todas a gerações. Eu concordo com isso. Claro que não podemos esquecer de seres extraterrestres como Jimi Hendrix, Eric Clapton e Santana, e, que por isso, classifiquei Keith como reles mortal, apesar de não parecer às vezes, devido a tudo que este senhor já viveu, principalmente nos áureos tempos, quando rock n’ roll não era apenas gênero, e sim proposta de vida.

O homem de dedos ultra tortos e autor dos maiores riffs da história da música é mais que apenas um ótimo guitarrista. É a prova viva do rock. Modesto, diferente de mim neste post, Keith quando questionado (inúmeras vezes) de qual adjetivo daria para definir ele como guitarrista, Richards sem exitar disse que se achava “medíocre”, porém quando se une a Ronnie Wood, também guitarrista dos Stones, se autonomeia como “imbatível”.

Quanto a relação com a “satânica majestade” chamada de Mick Jagger: errou em dizer que o pênis do vocalista “era pequeno” em sua autobiografia “Life”, porém pediu desculpas publicamente ao astro. E acredite, foi uma das únicas “discussões” em mais de 50 anos de amizade, parceria ou sociedade (como quiserem) desde quando os deuses da música se juntaram naquela tarde de outubro de 1961, na estação Kent, em Londres, e resolveram que os dois se conhecessem.

Parabéns pelos 70, Keith! E como você mesmo diz, que “venham mais 50”, porque afinal tu é um dinossauro.

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