terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Uniforme de médico


Sei bem o quanto é chato e está saturado o assunto futebol nas redes sociais. Sei que muitos não tem paciência (como eu) para discutir/debater sobre. A violência que se junta com a prima demência, em que atualmente estamos condicionados a assistir como se fosse uma extrema normalidade, vide último “confronto” envolvendo atleticanos e vascaínos, em Santa Catarina, já está batendo no teto e assim criando muitos galos. O que quero registar aqui é o branco.

Não, não estou falando de branco da paz. Também não quero fazer analogias com o que aconteceu há duas semanas atrás. Não quero dar ibope para aqueles “seres humanos”, ao contrário do que a mídia está fazendo nos últimos dias. Estou falando do branco da tranquilidade.

Estou falando do segundo uniforme do time que torço, o Internacional. Naquela manhã de 17 de dezembro, isso há exatos sete anos atrás, eu vi a tranquilidade logo quando liguei a tevê. Vi o time de Abel Braga, (que hoje está retornando ao comando técnico do Inter) perfilado para encarar nada mais nada menos que o melhor time da época, o Barcelona, na final do Mundial de Clubes da Fifa.

O jogo nem preciso lembrar porque ainda deve estar fresco na cabeça dos colorados, o que quero perguntar aqui é o seguinte: o que tu sentiste quando viu teu time de branco ao invés do vermelho encarnado tradicional?

Outra pergunta: por que o uniforme de médico é branco? Essa eu respondo: para dar tranquilidade aos pacientes e/ou impacientes.

Que Colorado não estava comendo a unha do pé em 2006 e com medo de tomar uma sonora goleada do time espanhol, que três dias antes tinha aplicado 4 a 0 nos mexicanos do América - fora bola na trave, dribles e samba do melhor jogador do mundo na época, Ronaldinho Gaúcho?

Eu senti confiança e tranquilidade quando vi esta primeira cena ao ligar a tevê. Vi o time do coração perfilado de uniforme de médico e quando um narrador que todos (todos) odeiam soltou o bordão: “Bem amigos da Rede Globo, aí imagens direta do estádio de Yokohama...”.

Eu sabia que o Inter seria Campeão do Mundo. Eu sabia que naquela manhã de domingo o Planeta seria vermelho.

Parabéns a nós, Colorados sofredores. 

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