Sei bem o quanto é chato e está
saturado o assunto futebol nas redes sociais. Sei que muitos não tem paciência (como
eu) para discutir/debater sobre. A violência que se junta com a prima demência,
em que atualmente estamos condicionados a assistir como se fosse uma extrema
normalidade, vide último “confronto” envolvendo atleticanos e vascaínos, em
Santa Catarina, já está batendo no teto e assim criando muitos galos. O que
quero registar aqui é o branco.
Não, não estou falando de branco
da paz. Também não quero fazer analogias com o que aconteceu há duas semanas
atrás. Não quero dar ibope para aqueles “seres humanos”, ao contrário do que a
mídia está fazendo nos últimos dias. Estou falando do branco da tranquilidade.
Estou falando do segundo uniforme
do time que torço, o Internacional. Naquela manhã de 17 de dezembro, isso há
exatos sete anos atrás, eu vi a tranquilidade logo quando liguei a tevê. Vi o
time de Abel Braga, (que hoje está retornando ao comando técnico do Inter)
perfilado para encarar nada mais nada menos que o melhor time da época, o
Barcelona, na final do Mundial de Clubes da Fifa.
O jogo nem preciso lembrar porque
ainda deve estar fresco na cabeça dos colorados, o que quero perguntar aqui é o
seguinte: o que tu sentiste quando viu teu time de branco ao invés do vermelho
encarnado tradicional?
Outra pergunta: por que o
uniforme de médico é branco? Essa eu respondo: para dar tranquilidade aos
pacientes e/ou impacientes.
Que Colorado não estava comendo a
unha do pé em 2006 e com medo de tomar uma sonora goleada do time espanhol, que
três dias antes tinha aplicado 4 a 0 nos mexicanos do América - fora bola na trave,
dribles e samba do melhor jogador do mundo na época, Ronaldinho Gaúcho?
Eu senti confiança e
tranquilidade quando vi esta primeira cena ao ligar a tevê. Vi o time do
coração perfilado de uniforme de médico e quando um narrador que todos (todos)
odeiam soltou o bordão: “Bem amigos da Rede Globo, aí imagens direta do estádio
de Yokohama...”.
Eu sabia que o Inter seria
Campeão do Mundo. Eu sabia que naquela manhã de domingo o Planeta seria
vermelho.
Parabéns a nós, Colorados
sofredores.
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